Sunday, 13 November 2011

O brilhante filme “O Palhaço”, de Selton Mello.


Hoje, 11 do 11 de 2011 saí para assistir o novo filme de Selton Mello intitulado “O Palhaço”. O que mais me chamou a atenção neste filme foi a bela fotografia, colocando lindas paisagens interioranas em tomadas tradicionais porém bem planejadas. Um filme de uma delicadeza tremenda! O próprio tema do palhaço em seu circo viajante pelos interiores deste nosso Brasil nos mostra que temos todos nós nossos momentos alegres e tristes e que nossos sonhos podem ser pequenos ou grandes, no entanto, sempre alcançáveis. O nome do circo é Esperança, aquela nossa amiga que nunca nos deixa e que nunca morre, porque se a pessoa perde a esperança, a vida não faz sentido. Podemos almejar (leia-se aqui também esperar, sonhar com, entre outras palavras e expressões) simplesmente um ventilador, como o palhaço, o desejo do vento fresco e do amor do lado. Obrigado Selton Mello pela bela estória e a todos os que fizeram parte desta produção romântica e tocante.


Palmas, 11/11/11.

Tuesday, 6 September 2011

Frans Krajcberg, o escultor naturalista de hoje.


A exposição de Frans Krajcberg no MAC de Niterói (de 03 de setembro a 23 de outubro de 2011) está fantástica! As peças foram produzidas, em geral, em duas cores (com a combinação, na grande maioria, de negro e outra cor) e estão mais explicitamente montadas que as peças de décadas atrás, ou seja, há mais rejuntes (imperceptíveis e que são parte integrante dos trabalhos) e colocações/arranjos de partes. As obras de Frans Krajcberg, sempre de cunho muito naturalista (que se usa da própria natureza, mesmo queimada, mas que não a copia) e preservacionista deixam os espectadores da exposição extasiados. É interessante notar que ele é como vinho do Porto, quanto mais velho, melhor produz.


Analisando a produção anterior de Frans Krajcberg e as obras de hoje pode-se ver o caminho percorrido pelo artista. Hoje suas obras falam com a mesma força preservacionista, porém com um caráter muito mais de escultura enquanto formas compostas de partes que formam um todo e jogam com o espaço. No entanto, há um toque emocional em suas obras que não se limita ao preservacionismo. Há algo de freudiano, de fálico, de masculino-feminino em sua obra.


Para verificar essa similaridades aproximativas que percebi em seus trabalhos, coloco aqui um trabalho de Krajcberg de ontem ( Flor do Mangue – 1965) e hoje (da exposição atual) e um trabalho conhecidamente de cunho psicológico de Louise de Bourgeois (Maman) que remete à infância da artista, à sexualidade, ao pai adúltero e à mãe vulnerável. Olhe bem para estas imagens e reflita sobre este cunho psicológico da obra de Krajcberg.

Tuesday, 16 August 2011

O problema brasileiro dos ÃOS!

Sim, no Brasil o problema, ou melhor, a Solução dos problemas, está nos ÃOS, pois a grande maioria das coisas que atordoam este país termina com ÃO:


Educação: abrangente (em todos os níveis e realmente para todos), em todas as áreas do saber e voltada ao social (ex: educação no trânsito, educação ambiental, etc.), para fazer com que os brasileiros se tornem críticos, habilitados e que consigam suprir a necessidade de mão de obra de alto nível a um país que quer ser 100% desenvolvido;


Fiscalização: para regular e controlar todo o dinheiro público gasto em todos os ramos da economia e para controlar os abusos ecológicos;


Exclusão: um mal que existe na sociedade brasileira desde a sociedade escravocrata colonial (daí ter se tornado “normal” a exclusão social para nós), que é uma prática discriminatória das elites brasileiras, que faz com que as oportunidades sejam para poucos (quando deveriam ser iguais para todos), exclusão em todos as formas: educacional, racial, de classe, cultural, etc.


Portanto, enquanto não foram trabalhados os ÃOS, os brasileiros podem esquecer o ideal de país 100% desenvolvido!!!

Saturday, 30 July 2011

Will the Netherlands be the next Norway?

The deep economic crisis in Europe has destroyed the Social Contract between Government and Population. Nowadays the Markets have the saying. Governments do what the Markets expect them to do, even to lend money to broken banks.

The crisis, that started in 2008 in USA, is destroying the fragile European peripheral countries. Yes, Europe was fragile and did not know about it. All the financial helps given to the population during the times of lots of money around need to be paid back! And now is the time to do so!

Reading the article by Josep Ramoneda, entitled Islamofobia: el enemigo en casa (Islamphobia: the enemy at home), published on EL PAÍS newspaper (Madrid – Spain) on 29th July 2011, I can only agree with all that he is saying. It is visible the unsatisfaction of the “low educated” (like they call the working class in the Netherlands) classes in Europe. This working class is voting massively to the extreme right parties, like in the case of PVV (an anti-Islamic party) in the Netherlands. As well, this working class and low middle class populations are not happy with the subservience of the Government towards the Markets, what costs them jobs and income.

The danger of creating a national terrorist, as Anders Behring Breivik, in your own back garden is the same in Norway as it is in the Netherlands. This intolerance towards immigrants and Islamism creates terrorist monsters who can not be discovered as they do not have the stereotype of a “normal terrorist” (which for an average European is an Islamic man of dark skin). This intolerance toward the different, the economic instability and disbelieve in the national European Governments create the very likely climate of that of the II WW.

The population of the Netherlands needs to think about the case from Alphen aan den Rijn, where the killer was a religious christian extremist, or about the case of the killer of Pim Fortuyn, these are just two examples of how a country creates national extremists.

If we think about this prejudice against Islamic populations, we can see that the huge North-American media circus created after the September the 11th attacks on the Twin Towers in New York only increased the prejudice and intolerance towards Islamic peoples. It is like a virus that came from the USA to Europe. But it is not so strong in the USA as it is in Europe! In the USA they have the prejudice against the Latinos who speak Spanish. As well the low classes in the USA can not handle the unemployment, the economic instability and the loss of status as a super-power, as China starts to grow astronomically.

This inflexibility of the Europeans and North-Americans can only be terribly destructive now! Flexibility marks the difference between those countries that achieve economic growth nowadays and the ones that can not even pay their debts. The BRIC economies are an example to be followed by the inflexible Europeans: they are growing because they are more flexible in a world where flexibility is synonym of imagination, intelligence, vivacity, agility and strong economic ties.

The intolerance, prejudice and the inflexibility can only lead the Europeans to terrible attacks like in the case of Norway. And attacks will not solve their economic problems. They must remember the terrible things that men can do like during the II WW. But it looks like the Europeans, with all their inflexibility, are walking in direction of the same destructive path as of the II WW. God bless us!!!

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The article at EL PAIS can be found on the following link:

Monday, 27 June 2011

A deputada estadual Myrian Rios enlouqueceu!!!

Uma passagem do recente discurso de MR: “Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas [as crianças], e eu não vou poder fazer nada”!!!


A lógica da MR em falar, em um caso hipotético, que não contrataria uma babá gay para trabalhar em sua casa tomando conta de suas filhas porque a babá seduziria as meninas é a mesma em dizer que não contrataria um negro porque ele a roubaria, ou não deixaria suas crianças com um padre porque ele abusaria delas!!! Traduzindo o que ela disse: se todo Gay é Pedófilo, portanto todo Negro é Ladrão, e, por conseguinte, todo Padre é Pedófilo!!!


Esse discurso Generalizador e Populista é fraco e não vai de acordo com as políticas públicas pró-GLBT promovidas pelo Estado do Rio de Janeiro! Acorda MR!!! Por que ela não disse isso na época da campanha eleitoral? Só agora ela começa a dizer a que veio???


Essa mulher ficou louca! Talvez de tanto rezar! E rezar de acordo com a linha conservadora da Igreja Católica (da Canção Nova)! Talvez ela tenha aprendido essa lógica com os PADRES PEDÓFILOS da Canção Nova!!!


Que católica é essa que discrimina? Se foi o próprio Jesus Cristo quem saiu à frente de todos para defender uma prostituta (uma mulher tratada à margem de uma sociedade moralista, assim como os LGBTs, os negros, os indígenas, e muitos outros grupos)!


Acorda Alice! Quer virar a Jair Bolsonaro do Estado do Rio? Infelizmente os Bolsonaros também foram todos eleitos pelo Rio!!! Que turma da pesada: uma votada pelos Católicos e outra votada pelos Protestantes! Estamos realmente RETORNANDO À IDADE MÉDIA!

Angelina Jolie is a real XXI century icon!




Like Audrey Hepburn was the icon of the XX century, Angelina Jolie is the real XXI century icon! Times have changed, of course, but it is not only about beauty, but there is something about glamour without being snob! It is a “way of being in the world” kind of thing!


Angelina Jolie
in the movie The Tourist can be compared in sophistication to Audrey Hepburn in Breakfast at Tiffany. They both have a certain charm that is not easy to explain! You must watch the movies to see the similarities!

Also, the private life of Angelina Jolie fits well the “good girl” type so characteristic of the XXI century. I mean: being a good mother, a good wife, a good working woman, working for the

UN, worrying about the kids around the world, etc. The “good person” type that characterizes the moral society of the XXI century is inbodied in Jolie. And, we must admit, she is gorgeous and has lots of

glamour!

Monday, 20 June 2011

O Estado do Rio em pé de guerra!

O governador Sérgio Cabral deve ser elogiado em sua política pública de segurança. Também, a campanha Rio sem homofobia é um sucesso e deve continuar a ser. O Rio de Janeiro está muito mais seguro do que antes! Isto é um fato notório para moradores e turistas. Mesmo assim, um Estado não se faz somente de segurança!


No entanto, os bombeiros entraram em greve porque recebem um salário em torno de de R$900, os professores do Estado também ganham pouco se comparados aos professores de vários municípios do Estado, os enfermeiros também reclamam de seus salários. Enfim, parece que somente se olhou para a segurança pública e nada mais foi feito no Estado do Rio!


Em um teste feito em todo o país para saber o nível dos estudantes de escolas estaduais, os alunos do Estado do Rio ficaram em penúltimo lugar!!! O segundo Estado mais rico do país tem a educação comparada a de países africanos pobres!!! Isso se dá pelo descaso com a educação e os baixos salários de professores e funcionários de apoio... Uma vergonha!!!


Senhor governador Sérgio Cabral, vamos pagar melhor o funcionalismo do Estado!!! Só se fala em pré-sal pra lá e pra cá e os moradores do Estado não estão vendo os benefícios do pré-sal aplicados em saneamento, educação e saúde!!!

Wednesday, 8 June 2011

Cesare Battisti is free!

Finally Cesare Battisti is free! After being trialed unlawfully without his presence, he is free. His case is being used by Italy government today as a deviation for the Italian press, so the press can write more about Battisti and worry less about the bad doings of Silvio Berlusconi. It is an intelligent move, but it did not work!


The Italian government can take the case to the International European Court, but it will not help much because Brazil, as a Sovereign State, can authorize or not a person to stay in its territory. Even more after the President of the Republic and the Supreme Court have decided so about it.


It is opportune to remember here that Italy did not want to extradite to Brazil the corrupt Brazilian-Italian banker Salvatore Cacciola, who was finally detained in Monaco by Interpol and brought to Brazil.


A huge number of intellectuals in France, Brazil and in Italy were waiting and hoping for the liberation of Battisti. They know that there is more to it than just arguments of Justice. The is a huge propaganda from the Italian government to erase from the press the Berlusconi affairs.


In a weak economic world like the one of today, where European countries are needing loans to cover their debts, it improbable that Italy can convince the rest of Europe to help in a case between two specific countries, as they already have tried and Europe have answered with a big “no”. Even more: the rest of Europe will not want to have problems with one of the BRIC countries in such difficult times. Italy will not succeed in forcing Brazil to hand Battisti over via European efforts.


Hereby I include a picture of the latest number of The Economist, just to prove what I am talking about, where Berlusconi is seen as "the man who screwed an entire country"!!!

Saturday, 28 May 2011

INVEJA MATA!!! E A INTOLERÂNCIA TAMBÉM!!!

Esta semana se decidiu que o Centro de Imprensa para a copa de 2014 será mesmo no Rio de Janeiro. Os paulistas, que muito desejavam tal centro de imprensa, agora dizem que foi melhor não tê-lo conseguido, assim economizariam dinheiro. É difícil acreditar neste argumento!


O que tenho notado muito claramente nos telejornais produzidos em São Paulo é um grande desdém para com o resto do Brasil, um desrespeito mesmo! Se eles falam do Rio de Janeiro, focam nas notícias ruins. Se falam da Bahia, focam nas notícias ruins. Se falam do Rio Grande do Sul, focam nas notícias ruins. E assim o fazem com todo o resto do país. Mas se falam de coisas ruins de São Paulo, tentam suavizar o máximo possível a notícia, gerando uma sensação falsa de estar e ser melhor que no resto do Brasil.


Porém, para desespero dos próprios paulistanos, uma grande quantidade de crimes racistas ou ligado ao xenofobismo estão concentrados em São Paulo. É gay apanhando na Paulista de skinhead negro e mulato! É gente levando lamparada na cara na Paulista! É agressão a nordestinos! E por ai vai... E isso somente é noticiado porque está acontecendo na avenida Paulista, onde há câmeras por todos os lados! Imagine o que não acontece nos outros cantos da cidade!


Um exemplo claro de suavizar as coisas ruins é chamar “favela” de “periferia”! Por que? São tão bons assim que não têm favelas??? Em quase todo o Brasil há favelas!


O problema desse ódio contra o resto do Brasil nas notícias somente faz aumentar a intolerância!


Eu, como carioca, gosto de ir a São Paulo para comer nos restaurantes italianos e para dançar nas boates, porém tenho recusado convites para ir a São Paulo porque sou gay e não quero apanhar na porta da boate! Além disso, na última vez em que estive na cidade fiquei parado no trânsito por horas porque o imenso valão que corta a cidade (o Tietê) encheu e parou tudo!


Como disse a um amigo outro dia, sem querer ser snob: Já fui mais vezes a Paris do que fui a São Paulo! E vamos dizer a verdade: no quesito beleza São Paulo perde para a grande maioria das capitais do Brasil!


Repito: O problema desse ódio contra o resto do Brasil nas notícias somente faz aumentar a intolerância! Os telejornais paulistanos devem parar com o xenofobismo agora, antes que seja tarde demais!

28 de Maio de 2011.

Sunday, 15 May 2011

Ostracismo intelectual brasileiro.

Não surpreende-me que as universidades brasileiras estejam tão mal classificadas nos rankings internacionais de avaliação de ensino e pesquisa. Analisando alguns pontos que tenho observado nos últimos meses, chego à conclusão que os analistas e os parâmetros destes rankings estão sendo honestos em suas avaliações.

A globalização nos trouxe vários benefícios, dentre eles está a circulação de informação de maneira muito mais rápida, mais eficiente e, muitas vezes, que necessita de verificação. No entanto, há mais vantagens que desvantagens em relação à circulação de informação em comparação, por exemplo, ao que havia na década de 1980. Hoje podemos ir a websites internacionais e comprar um livro que acabou de ser lançado, por exemplo.

No entanto, a globalização depende de uma importante ferramenta: a língua. Em que idioma escrever para ser global? A resposta, acredito, seria: o inglês, é claro. No entanto, verifica-se que poucos intelectuais de universidades brasileiras têm fluência na língua inglesa e que os programas de pós-graduação de mestrado e doutorado recorrem pouco, ou nunca, a bibliografias em inglês! Isto sim é um problema. Não somente para saber o que está se passando no mundo atual, mas em suas próprias áreas de conhecimento, pois muitos autores de importância fundamental somente publicam em inglês! Exemplo destes autores seria: Stuart Hall, Gayatri Spivak e Homi Bhabha, somente para citar alguns realmente importantes pensadores na área das ciências humanas!

Outro ponto sofrível nas universidades públicas brasileiras é a burocracia excessiva e desmedida! Um verdadeiro domínio do papel em relação à rapidez e flexibilidade que deve ter uma universidade! Trabalhos e projetos ficam travados por causa da carga burocrática das universidades! Uma verdadeira vergonha!

A questão colocada pela LDB (lei 9394 de 1996) de revalidar TODOS os diplomas emitidos no exterior é uma loucura! Como uma UFP, Uni-Rio, ou seja lá qual universidade pública for, tem o “cacife” intelectual para revalidar um diploma conseguido em universidades de renome internacional? Aqui incluo Oxford, Cambridge, Harvard, e muitas outras top de linha em pesquisa e publicação! Como pode isso acontecer se os intelectuais brasileiros têm dificuldade até para ler um texto em língua inglesa?

Há que diminuir a burocracia e reavaliar a exigência de revalidação de diplomas conseguidos no exterior, pois não se pode colocar todas as universidades em um mesmo saco! A começar pelas universidades brasileiras! Além disso, há que haver a obrigatoriedade de, pelo menos, 10% dos textos estudados nas pós serem em língua inglesa e outros 10% em língua espanhola. Esta vergonha tem que acabar!

Thursday, 5 May 2011

O ATRASO histórico do Brasil - Gay Rights in Brazil.

Desde que voltei a morar no Brasil (no Rio de Janeiro), isso já faz uns nove meses, me espanta seguir vendo que em um mundo tão globalizado o Brasil continua tendo uma mentalidade atrasada em muitos aspectos. Por exemplo: lembro-me de ter visto há 30 anos atrás ruas sem calçamento (pavimentação) no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Passando pelas mesmas ruas há uns dias atrás, imaginem só: continuam sem calçamento!


A nível de ilustração mostro uma relação entre Brasil e EUA, somente para confirmar que nosso atraso é algo histórico:


EUA – Um país formado sob a influência dos pensamentos liberais Iluministas (século XVIII) de Liberdade e Igualdade, os mesmos que levaram à Revolução Francesa (1789).


Brasil – Um país formado sob a influência dos pensamentos Positivistas de Augusto Comte (século XIX), tanto que em nossa bandeira está o lema positivista “ordem e progresso”.


Porém, hoje, 05 de Maio de 2011, o Brasil deu um passo adiante! Os juizes do Supremo Tribunal Federal reconheceram, em uma decisão unânime, as uniões homoafetivas como que equiparadas às heteroafetivas. Claro, nossos legisladores nunca tiveram a coragem de votar uma lei nesse sentido, mesmo já existindo tal tipo de legislação em países vizinhos, como Argentina e Uruguai. Os juizes do Supremo brasileiro tiveram que “tapar o buraco” deixado por legisladores medrosos.


Enfim, demos um passo a frente em relação aos direitos dos casais homoafetivos! Mas custou muito!!! Continuamos muito atrasados! Para fazer desse país um lugar melhor teremos que ter todas as ruas calçadas, saneamento básico para todos, água potável para cada brasileiro, boa escola pública para todas as crianças e jovens, professores bem pagos e médicos com boas condições de trabalho em uma rede de saúde pública decente. Infelizmente, constato que ainda falta muito e continuaremos, AINDA, atrasados por muitas décadas!


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Today, 5th May 2011, is a date to celebrate in Brazil as the Highest Court in Brazil legalized Gay and Lesbian unions with the same rights of heterosexual couples.

Monday, 2 May 2011

Is Osama bin Laden really dead?


Why should we believe that Osama bin Laden is dead? Where is the dead body? Is this announcement not just political capital for Barack Obama? There is more to it than we, normal human beings, are allowed to know! That is for sure!


It is difficult to believe on the USA intelligence after the Iraq war. Where are the weapons of mass destruction that CIA was so sure about? They were never found! So, now, regarding the case of Osama bin Laden, where is the dead body? Why was the body not given to his rich family? There is a great chance that he could be bared in some Muslim country! Why not?


The logical situation is: the dead body of the enemy serves like a trophy to the “winner”! The same happened to Che Guevara (see picture)! His body was exhibited and photographed many times!


What about Guantanamo bay prison? All those people without a fair trail? Was not Barack Obama who said that he would look into it after elections? Last week there were some articles in the international press about the huge number of not guilt prisoners who were kept for many years in Guantanamo!


Also, why not to talk about the terrible situation of the American economy? Was not Barack Obama who would put the country back on track of growing? What did happen? More wars and more spending!


Obama seemed a nice alternative in the election, or the only one, but he has proven to be just like any other politician. As a good politician he just thinks about four more years!!!


My point is: Can we trust the CIA??? And why??? They have failed so many times!!! Can the world trust Obama???

Saturday, 9 April 2011

Razão x Natureza

O tsunami que se seguiu ao tremor de terra no Japão e que destruiu as usinas atômicas de Fukushima nos mostra que apesar de toda sua tecnologia, o homem não pode ser o dominador da natureza, como queriam acreditar alguns filósofos e cientistas.

Em uma país como o Japão, que se destaca pela tecnologia de ponta, nada conseguiu conter a força destruidora do tsunami, e nem se sabe como controlarão as explosões das usinas e o que farão com a água contaminada. Acredito que esta água acabará nos oceanos! Tenho a impressão que os orientais não se preocupam muito com o meio ambiente. Os japoneses são um exemplo disto: eles nunca deixaram de caçar baleias, por exemplo, mesmo quando todo o mundo pedia para que parassem. Vendiam carne de baleia nos mercados e diziam que as caçavam para fins científicos!


Sim, a natureza vence a razão humana. A nossa ciência não pode contra as forças dos elementos da natureza. Toda a filosofia que pensava que o homem dominava a natureza pode ser posta de lado!

Saturday, 2 April 2011

O analfabetismo visual e o vandalismo.








É a arte-educadora Ana Mae Barbosa quem diz que devemos ser alfabetizados de várias maneiras e que o problema brasileiro na área de educação é exatamente este: a alfabetização. Há vários tipos de alfabetização: “...letral, alfabetização emocional, alfabetização política, alfabetização cívica, alfabetização visual.” (BARBOSA, 1995: p. 63).


Assim, lendo uma notícia sobre pichação no website www.uol.com.br vejo que vandalizaram um painel mural de Emiliano Di Cavalcanti, feito em 1954, em pleno centro de São Paulo. O mural está localizado em frente ao hotel Jaraguá, em um prédio que abrigou antigas jornais importantes de São Paulo.


O que se pode dizer sobre isso? Que o pichador sofre de todos os analfabetismos possíveis, principalmente o visual! Não aprendeu a valorizar uma obra de arte de um dos mais importantes artistas plásticos que já viu este país! Di Cavalcanti foi um importante pintor modernista, um símbolo de uma arte extremamente brasileira em sua essência. Uma lástima completa que o analfabetismo visual chegue a esses níveis de expressão!

A pichação dever ser duramente criminalizada, com, pelo menos, um ano de cárcere; os sprays usados para pichar devem sofrer sobretaxas de impostos para desincentivar sua compra; medidas têm que ser tomadas para fazer com que a poluição visual causada pela pichação feia e de mau gosto não aconteça. Esse tipo de pichação não pode ser tolerado! Gasta-se tempo e dinheiro limpando estas pichações!


Não se pode comparar o que fazem estes vândalos com a arte dos grafiteiros, as duas coisas são bem diferentes! Não se pode sair por ai vandalizando os muros e fachadas de propriedades privadas e públicas como cães mijando nos postes para mostrar que estiveram por lá marcando seus territórios! Que esses adolescentes tenham um curso de arte de grafite e parem de pichar! Falta “escola” para esses pichadores, ou melhor dizendo, criminosos!


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Referência:


BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação Pós-colonialista no Brasil: Aprendizagem Triangular. In: Comunicação e Educação. São Paulo, v.01, n.02, p. 59-64. jan./abr. 1995.


Thursday, 31 March 2011

Brazilian Visual Arts: Rubem Valentim, the creator of art objects of a sacred geometry.




Rubem Valentim (1922 – 1991) was a Brazilian plastic artist and sculptor. He was born in Salvador, Bahia State. Dentist and Journalist by formation, but artist by heart. When he was a child, he used to observe mural painter Arthur Come when he was painting some flowers, landscapes and plants on the walls of his house. Valentim was an obá in the Casa da Mãe Senhora (Mother Senhora candomblé temple), an iyalorixá (high priestess) of the Axé Opô Afonjá, of the Ketu nation. He was a full member of candomblé and would use the elements of the orixás as base for his artworks.


In 1948, Rubem Valentim quits his job as dentist and dedicates all his time to painting. In 1949 he had his first exhibition in the Salão Baiano de Belas Artes of 1955, where he received a prize for his work. In 1954, he had his first individual exhibition in the Oxumaré Gallery, in Salvador. At this time he used to work on non-figurative paintings with strong geometric elements (see illustration of Composição 1). In 1957 he moves to Rio de Janeiro, where he engaged actively in the artistic life of the cities of Rio and São Paulo. He participated in various exhibitions at this time, including the International Biennial of São Paulo. In 1962, with his participation in the Salão Nacional de Arte Moderna he won a trip abroad. He traveled around Europe and established himself in Rome, where he stayed for three years exhibiting and working on his paintings. In 1966, after participating on the Black Arts Festival in Dakar, Senegal, he went back to Brazil and found residence in Brasilia. Even living in Brasilia, Valentim used to participate in exhibitions around Brazil and abroad. He exhibited in the International Biennial of São Paulo, where he won prizes in 1967 and 1973; in the Constructivist Biennial in Nuremberg, in 1969; in the Modern Art Museum in São Paulo, in 1969; in the II Art Biennial Coltejer, in Medelin, Colombia, in 1970; in the exhibition Brazil-Japan Plastic Arts, in Tokyo, in 1975; in the Modern Art Museum in Rio de Janeiro, in 1977 and 1978. Also, he had made lots of individual exhibitions, in Rio de Janeiro, Brasilia, São Paulo, Cuiabá, and various Brazilian cities. One important individual exhibition was the 31 Objetos Emblemáticos e Relevos-Emblemas de Rubem Valentim (31 Emblematic Objects and Reliefs-Emblems by Rubem Valentim) in the Modern Art Museum in Rio de Janeiro, in 1970.

In 1976, Rubem Valentim writes the Manifesto Ainda que Tardio (A manifest even if it is too late), in which he describes his motivations and objectives as an artist. He describes his visual language as plastic and full of signs, full of profound mystic values of the Afro-Brazilian culture. He will show, in this manifest, the elements that influenced him: the candomblé and its orixás, the mix of Black-White-Indian influences in the Brazilian population, and the senses. He gave importance to real Brazilian art, to his plastic-sensorial language, to the folk arts as well as the academic arts, until he arrived to the basic elements of his work: the object-symbols of the orixás. As said, every orixá has one or more objects which represents itself. He gave great importance to the Oxé of Xangô (a Neolithic double-headed axe) and used this geometric element repeatedly in his works. This axe can cut from both sides, showing an important sign of duality in his artworks, uniting the Brazilian and the African cultures.


When Rubem Valentim arrived in Rio de Janeiro, in 1957, there was a revolution going on in the Brazilian arts and in the Latin American arts. Valentim got in touch with the neoconcrete artists from Rio, and both, the neoconcretes and Valentim, had the search for strong cultural roots in the arts of the time in common. During his permanence in Rio, he started to use more geometric elements to improve the graphic rhythms of his works; these geometric elements became the visual power of his works. At a certain point, this closeness to the geometric structure brought him close to artists of the time, like Hélio Oiticica. Rubem Valentim dedicated himself to the compositions with the symbols of the orixás, which definitely changed his artistic life. He reduced the compositions to the basic geometric signs-elements of the orixás. Even working with the neoconcretes, Rubem Valentim never saw himself as one of them. His interests were different, but the influence of this movement in his work will always be noticed. The neoconcretism gave Valentim the simplicity of the sign-geometric element for the precise construction, but he used colors that would make the composition softer than the neoconcrete compositions. Due to his large use of the symbols of the orixás as elements of construction of his artwork, Valentim is considered by many in Brazil as the father of the Brazilian semiotic art. The sculptures, paintings and reliefs of Rubem Valentim conserve multiple qualities, as ritualistic, ancestral, totemic, immemorial, solemn, silent, expressive and synthetic. As Edward J. Sullivan explained about Valentim when commenting about his works for the exhibition Brazil Body & Soul (Guggenheim Museum, New York, 2002): “Rubem Valentim created two- and three-dimensional totemic figures that appropriate the Constructivist vocabulary of the Concrete movement.” (Sullivan, 2002: 346).



Also, to show how the cultural atmosphere of the arts in Latin America in the 1950s and 1960s was and how Rubem Valentim used contemporary approaches to his artworks, the following passage is important: “...we can see a number of Latin American artists in the '50s and '60s working with the most advanced research questions of the time (often, defining what those questions were). They inherited the language of geometric abstraction (exemplified by Mondrian), which marked the most complete break with traditional representation, and they inherited Dada (exemplified by Duchamp and his ready-mades), which gave the freedom to posit any object as a 'sign', and which engaged the institutions of the art world in continual critical questioning. In a sense a common starting-point for all their work was the adoption and the interrogation of geometry and its rationale of order (geometry here means not simply 'lines and squares' on the picture's surface, but the surface itself as a two-dimensional plane creating a fictive space isolated from the surrounding 'real' space). So, a fertile tension arises from between a geometric order, with its values of lucidity and modernity, and an invention to chaos, disorder, flux, organicity, the random, the void – which begins to create a new kind of space. Artists of Latin America origin were not of course the only ones involved in this search, but they played a very significant part in it. It was an international dialogue of different origins, experiences and aspirations.” (Ades, 1989: 256).



In this way, Rubem Valentim incorporated the devotion for the orixás of the candomblé to compose, with his own constructivist methods, artworks that (as the Oxé of Xangô) had two heads, two faces, uniting religion and art, the Afro and the Brazilian (integrated and separated), the folklore and the erudite. Even being the master of this duality in Brazilian art, Valentim is an artist who could choose suitable colors to attenuate or to exalt the power of the elements represented. The art object (sculpture, painting or relief) must have been elaborated like a careful composition, a construction of signs-colors with ritual-magic-profound transcendence, as a mean of representation for this creative anxiety in the realm of the orixás.


In 1994, his works were object of a very well organized retrospective exhibition in the Centro Cultural Banco do Brasil (Bank of Brazil Cultural Center) in Rio de Janeiro.

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References:

Ades, Dawn. Art in Latin America. Yale: Yale University Press, 1989.


Sullivan, Edward J. (ed). Brazil Body & Soul. New York: The Salomon R. Guggenheim Museum, 2002.

Tuesday, 29 March 2011

Por um mundo mais ético!

As crises da Islândia, da Grécia, da Irlanda, do Euro, enfim, mostram a fragilidade do que se considerou chamar de “primeiro mundo”, ou “mundo civilizado”, ou “nações industrializas”, entre outros nomes que os fazem diferentes dos “outros” países mundiais, que eles consideram não tão “desenvolvidos” ou “tecnologizados” quanto eles. No entanto, parece que, com a recente crise de Portugal (ainda acredita-se que Espanha, Itália e Reino Unido seguirão pelo mesmo despenhadeiro) em financiar-se mostra que a crise econômica mundial, esta que começou em 2008 nos EUA, ainda faz vítimas em uma Europa fraca de competência política e antiquada economicamente.


O outro país, no rol dos que se supunham “super”, o Japão, passa por uma crise após uma catástrofe natural que eles acreditavam pudessem prever e controlar. Enfim, a natureza não se deixa controlar e tão pouco toda a tecnologia para detectar tsunamis funcionou. A usina nuclear que podia resistir a terremotos até a escala 7 não resistiu a nada, e agora polui o mar, contamina as pessoas e o solo japonês. Em um país tão pequeno como o Japão, se necessitarem isolar a área contaminada (já que China, Correia do Sul e EUA já detectaram radiação em partes de seus territórios) o que sobrará para habitar e plantar será uma faixa ínfima de terra.


Enfim, meu ponto é o seguinte: a “superioridade” que estes países sempre quiseram demonstrar já não se sustenta nem na mídia e nem na realidade!!! O perigo maior é que o Japão contamine todo o Pacífico e os países ao seu redor.


Em um mundo que clama por ética, a democracia deve significar realmente “o governo do povo”. Vejam-se as crises no mundo árabe e seu clamor pelo fim das ditaduras! O mundo clama por ÉTICA irrestrita e liberdade para todos.


Para nós, brasileiros, fica a lição de continuarmos no caminho na humildade e não deixarmos nosso sucesso econômico recente subir-nos à cabeça. Devemos parar de devastar a Amazônia e começar o replantio com mudas locais. Devemos deixar que os índios tenham suas reservas e proteger estas reservas de invasões. Devemos parar de invadir as terras indígenas e de floresta nativa. Devemos dar um pedaço de terra aos sem-terra, e água a quem não tem água, e eletricidade a quem não a tem, e ruas calçadas a quem vive sem asfalto. Devemos educar nossas crianças e jovens para que respeitem a natureza, também a natureza humana. Devemos proteger as usinas de nucleares de Angra e fazer com que tenham uma proteção realmente efetiva contra maremotos e terremotos; e que não se construam mais usinas nucleares no Brasil, já que temos muitos rios com capacidade para produção de energia hidroelétrica. Há que se pensar digna, ética e criticamente sobre todas as ações políticas e econômicas que se tomam neste país e nunca deixarmos que a prepotência seja nossa condutora.

Saturday, 26 February 2011

A crise europeia é mais que financeira!

Depois de morar na Europa (Holanda, Inglaterra, Escócia e Irlanda) por mais de 11 anos, decidi retornar ao Brasil no final de 2010. Não posso dizer que perdi meu tempo por lá, afinal fiz dois mestrados, viajei muito pelo mundo e conheci culturas muito diferentes da minha. Porém retorno, e por que?


A resposta é simples: a crise europeia é mais que financeira, ela afetou a auto-estima dos seus habitantes e se reflete nos seus valores. Os europeus começam a ver que que seu contato tão cercano com os EUA não lhes rendeu os dividendos econômicos desejados, pois novas potências mundiais (os BRICs, por exemplo) surgem e os europeus não conseguem se adaptar a esta nova ordem mundial, que faz com que haja uma mudança de mentalidade sobre quem é quem no mundo capitalista de hoje.


Afinal, a Europa nunca estive perto destes países, pelo contrário, sempre tentou se afastar da comunista China, da radical Rússia, da miserável Índia e do subdesenvolvido Brasil. Porém, hoje em dia, as empresas europeias abaixam os salários dos empregados para continuarem a existir e relocam serviços para Índia e suas fábricas para a China, por exemplo. Os vários subsídios começaram a escassear, afinal, de onde vem o dinheiro para pagar esta conta?


Vou dar um exemplo concreto e que conheço bem: a Holanda. Um país que se orgulhava de ser conhecido por sua “tolerância” teve o partido racista (o PVV, que ironicamente se chama “Partido da Liberdade”!) como o segundo mais votado nas eleições de 2010 e seu líder (Geert Wilders) não teve sua entrada aceita no Reino Unido por ser considerado extremista; as prostitutas do red light district de Amsterdam começam a ter suas cabines transformadas em pequenas butiques para que desapareçam despercebidamente; o baseado que se podia fumar em todo lado agora somente pode ser fumado em casa, já não mais dentro dos coffee shops; o número de casos de violência contra homossexuais tem aumentado muito em Amsterdam, entre outros vários exemplos que poderia dar aqui.


Sim, por mais estranho que pareça a um brasileiro que crê que a Holanda poderia se comparar ao paraíso na terra, tudo isto que estou dizendo é verdade. Verdade que alguns holandeses se envergonham de mostrar, porém é a verdade e deixa clara a inversão drástica de valores pela qual passa a Europa.


Os Europeus demoram muito a se adaptaram à novas situações. Eles não acreditam que o subsídio dado pelo governo francês para que o um fazendeiro tenha uma vaca pode ser cortado (apesar de que com o valor deste subsídio pode-se alimentar bem uma criança na Africa). O mundo mudou e os mecanismos econômicos mundiais estão mudando também. Se há uma coisa que os países em desenvolvimento podem fazer bem é adaptar-se, e no mundo globalizado quem não se adapta se trumbica!


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26 de Fevereiro de 2011.

Friday, 11 February 2011

BOICOTE ÀS EMPRESAS, PRODUTOS E SERVIÇOS HOLANDESES!

Enviaram-me um artigo sobre homossexualidade no Brasil escrito por Philip de Wit, um correspondente do jornal holandês NRC, e publicado no dia 9 de fevereiro do 2011. Claro, como um “bom” artigo holandês falando sobre o Brasil, o correspondente somente falou mal do Brasil, disse que nós somos homofóbicos, que somos violentos contra gays, etc! Não discordo dos números apresentados sobre a violência contra os gays no Brasil, porém, minha indignação sobre o artigo recai no fato de SEMPRE, e digo SEMPRE, os jornais holandeses somente publicarem artigos e notícias sobre as coisas negativas do Brasil! A imprensa holandesas é uma das mais manipuladoras do mundo! E isso falo com todo conhecimento de causa! Ela se assemelha à imprensa dos países latino-americanos em plena ditadura militar: suavisam as notícias ruins sobre o próprio país e falam mal dos outros paises! Exaltam fatos nacionais corriqueiros e desprezam os grandes feitos dos outros países!


Depois de mais de 10 anos morando na Holanda, creio que sou bastante habilitado para falar sobre este país das terras baixas: um país extremamente protestante onde os imigrantes são forçados a se adaptarem ao jeito holandês de viver, mas são mal vistos e não são respeitados se praticam os atos de suas culturas de origem; um país tão protestante que quase nenhum jornal circula aos domingos, pois os protestantes não trabalham nesse dia da semana; um país onde o partido xenófobo (PVV) foi o segundo mais votado nas eleições para deputados, mas não se considera racista; um país mais conhecido por suas drogas, prostituição e avareza que por sua arte e cultura; afinal, como bons protestantes, os holandeses somente apontam os erros dos outros e esquecem dos seus próprios!


A grande maioria das notícias que li sobre o Brasil na Holanda eram negativas! Eles ADORAM falar mal de nós! Por que será? INVEJA por sermos um país tão grande e tão rico? DESDEM por serem eles tão pequeninos e insignificantes no cenário mundial? POR QUE SERÁ, ENTÃO, QUE TODA GRANDE EMPRESA HOLANDESA INVESTE NO BRASIL? Isso eu não saberia dizer, porém noto que eles começam a ficar muito “receosos” com países como Brasil, China, Índia, Turquia e Rússia, por exemplo. Eles não compreendem como nós, POBRES, IGNORANTES E MISERÁVEIS (desta maneira eles nos retratam em suas mídias) podemos estar nos saindo tão bem economicamente! A resposta é fácil: SOMOS GRANDES! TAMANHO É DOCUMENTO SIM! E com ele vem a riqueza!


Como podem escrever um artigo tão negativo sobre a homossexualidade do país que tem a MAIOR PARADA GAY DO MUNDO? Quando, em 2009, a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida, pelo site TripOutTravel e pelo canal americano Logo da MTV, como O MELHOR DESTINO GAY DO MUNDO! Pois este é o problema: A MAIOR, O MELHOR! Os holandeses têm um complexo de inferioridade que os fazem falar mal dos outros, apoiados em um protestantismo extremamente conservador. Não pensem que se pode fumar baseado em qualquer lugar, ou que as prostitutas podem trabalhar fora de suas zonas...tudo é controlado para que dê dinheiro, mas não saia do controle. Os holandeses ADORAM DINHEIRO! Eles fariam qualquer coisas para ter dinheiro e guardá-lo como objeto de desejo! Portanto, a melhor maneira de pararem de falar mal de nós é BOICOTARMOS AS EMPRESAS E OS PRODUTOS HOLANDESES no Brasil! Já que eles somente entendem algo quando lhes afeta no bolso!

Eu não entendo como um correspondente destes pode escrever sobre homossexualidade no Brasil quando o número de casos de violência contra gays em Amsterdam (que eles acham que é uma cidade super gay-friendly) vem aumentando a cada dia!!! Onde há uma canal parade somente para que as pessoas vejam os gays, como animais no zoológico! Ah, temos que lembrar que o Big Brother foi inventado na Holanda, ou seja, adoram espiar e depois falar mal! Mesmo os casos de turistas gays norte-americanos agredidos em Amsterdam (foto) não fazem com que os holandeses pensem nisso??? Macaco não olha para o próprio rabo, não é senhor de Wit?


Enfim, o que se pode fazer a um país tão ínfimo, mas que se acha grande coisa? Boicotá-lo! BOICOTEMOS A ARROGÂNCIA HOLANDESA, SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS!!! Em épocas de crise vamos ver como eles se viram!!!

Tuesday, 8 February 2011

O Brasil tem a alma Barroca!


Visitando a exposição Bem do Brasil, no Paço Imperial no Rio de Janeiro, me impressionei com o número de peças barrocas. Tal exposição pretendia mostrar “as múltiplas expressões materiais e simbólicas” de nosso país, como dizia o folheto. Havia peças de cultura popular, arte indígena, arquitetura moderna, enfim, uma vasta gama de objetos e imagens que nos definem como tendo uma Cultura Nacional própria. No entanto, o número de objetos barrocos, principalmente imagens de santos e santas, me deixou boquiaberto.

Eu sempre pensei (e esta exposição botou mais lenha na fogueira do meu pensamento) que o Barroco seria a forma mais forte de modelo artístico para definir a cultura brasileira (porém, não a única forma, claro!). Essa estilo de fazer arte, nascido na Itália depois do Renascimento e do período da Contra-Reforma, se espalhou pelo mundo latino com uma vitalidade gigantesca. Além disso, no caso brasileiro, se mesclou às fortes raízes africanas e índias. O apelo barroco à

dramaticidade, vista nas imagens dos santos, tomou nossos corações. Mesmo quando o mundo já era Neoclássico, nós continuávamos Barrocos!


Tivemos nossa forma específica de Barroco, desenhada pelas mãos do artista português Francisco Xavier de Brito, de Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), mestre Ataíde, entre outros, e recontextualizada pelas classes menos abastadas. Esse drama demonstrado pelo Barroco de então pode ser comparado aos dramas das telenovelas brasileiras. Nosso gosto pelos dramas, pelas tramas emocionais, pelas curvas (também as de Niemeyer), faz parte de nós, está em nós, fala alto às nossas almas. Nós, brasileiros, somos assim!


Lembro-me de ir morar em Curitiba em 1991 e achá-la a cidade mais chata em que já vivi. O planejado demais, o organizado demais, não nos condiz completamente! Ainda mais, acredito que uma das categorias mais marcantes e atraentes, hoje em dia, dos países em desenvolvimento é esta “desorganização organizada” que um europeu do norte da Europa não conseguiria entender, porém it suite us! Isto vi na China, na Turquia, no Marrocos, no México, entre outros, países que encantam e não são extremadamente organizados! Na desorganização há espaço para criar, pois exige de nós uma flexibilidade que a dureza da ordem não nos dá.


Enfim, para terminar, o Barroco sim, este estilo artístico e de sentir, que floresceu na Europa entre o fim do século XVI até o XVIII, e no Brasil entre o início do século XVIII até o fim do XIX, se adaptou muito bem ao nosso gosto pelas emoções fortes e pela religiosidade que abrangia todos os níveis da sociedade. Criamos nosso próprio Barroco, com nosso ouro e nossos diamantes, tardio sim, porém nosso, próprio, único, como o analisou Germain Bazin. Foi necessário um europeu, um historiador da arte e conservador francês, nos dizer o que sentíamos...


Fotos de Walace Rodrigues.

Foto 1- Teto do Mosteiro de São Bento, Olinda, PE.

Foto 2 - Altar do Convento do Carmo, Olinda, PE.



Thursday, 3 February 2011

Obras de Hélio Oiticica exibidas no Museum Boijmans Van Beuningen de Rotterdam.











Coloco aqui trabalhos de Hélio Oiticica (1937-1980) expostos no Museum Boijmans Van Beuningen de Rotterdam durante a exposição Brazil Contemporary. Oiticica foi um dos maiores artistas plásticos brasileiros, desenvolvendo trabalhos sobre cores, movimento, espaço, participação do público, entre outros aspectos estéticos, e influenciou gerações de artistas brasileiros e estrangeiros. Suas obras (bolides, metaesquemas, parangolés, penetráveis, tropicália, cosmococas, etc...) demonstram a força criadora deste grande artista e pensador da arte neoconcreta. Aqui deixo algumas fotos tiradas por mim na exibição em Rotterdam.

Aqui algumas fotos de bolides (trans-objetos) e da obra mergulho do corpo.





Fotos de Walace Rodrigues.