Gular.
Gula tem remédio,
pulsão de então, hoje então.
Sede tem remédio.
Água benta que se bebe e de tomar banho.
Todos os Neos e os fortes sabem:
Ferreira Gullar mata a gula que tenho.
Fome que tem remédio,
Palavra por palavra,
Pensamento por pensamento,
Criação por criação.
Adélia mata a sede que tenho.
Loucura por loucura,
Hóstia por hóstia,
Cor por cor.
Sinestesia que envolve.
Bandeira branca,
Meu Pessoa,
E Carlos,
todos tem o poder de remediar o irremediável.
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Poema escrito para o poeta Ferreira Gullar.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
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