Thursday, 9 December 2010

Poema: Gular.

Gular.


Gula tem remédio,

pulsão de então, hoje então.

Sede tem remédio.

Água benta que se bebe e de tomar banho.

Todos os Neos e os fortes sabem:

Ferreira Gullar mata a gula que tenho.

Fome que tem remédio,

Palavra por palavra,

Pensamento por pensamento,

Criação por criação.

Adélia mata a sede que tenho.

Loucura por loucura,

Hóstia por hóstia,

Cor por cor.

Sinestesia que envolve.

Bandeira branca,

Meu Pessoa,

E Carlos,

todos tem o poder de remediar o irremediável.


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Poema escrito para o poeta Ferreira Gullar.


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