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Os trabalhos de meus alunos do curso de Pedagogia, na UFT (campus de Tocantinópolis), na disciplina de Arte e Educação, os levaram a ter contato com os artistas e artesãos da cidade. Muitos deles não conheciam tais artistas e poucos valorizavam-os. Com este trabalho de campo (entrevista com o artista, seminário e apresentação escrita) eles começaram a refletir sobre o fato de que a Arte não estava tão longe como se pensava... Visitando os artistas e conhecendo melhor seus trabalhos e vidas abre-se para os estudantes um novo universo: o universo estético regional.
Cito aqui quatro importantes artistas da cidade:
1- Bia. Ela é proprietária da Jubiarte ( www.jubiarte.com.br ) e trabalha com as matérias primas da região. Uma quantidade infinita de contas, cascas, sementes e fibras é usada na confecção de peças de joalheria, de artesanato e de arte plástica.(ver imagem abaixo). Ela trabalha no centro da relação artesão/artista plástico.
2- Seu Osório. Ele é um pintor e escultor natural do Estado da Paraíba e que vive há 28 anos em Tocantinópolis. Aqui ele produziu peças variadas e ficou conhecido. Hoje, com problemas de visão, já parece não pintar como antes. Porém, é exímio professor de artes plásticas. Ele teve formação em pintura “acadêmica” no Rio de Janeiro e chegou a expor nesta cidade. Na obra “Menino Jesus com 12 anos”, feita em 2005, e mostrada aqui, ele deixa ver sua perícia como pintor “romântico” de temas religiosos. Católico e devoto dos santos, parece ter produzido um grande número de obras plásticas com estes temas.
3- Rosimar Locatelli ( http://indioapinaje.blogspot.com/2010/08/povos-apinaje-tocantinopolis-to.html ). Ela cursou Pedagogia no campus de Tocantinópolis, defendendo seu TCC na área da alfabetização bilíngue Apinajé. A Artista se inspira em temas relacionados à negritude feminina e às questões indígenas (ver imagem de duas de suas telas aqui).
4- Carlos Adriano Magalhães. Autodidata, pinta telas a óleo sob encomenda. Trabalha muito bem repetição, ritmo e movimento em suas telas. Pinta temas da terra e paisagens imaginárias.
18 de Fevereiro de 2012.
Este artigo tenta dar subsídios teóricos para uma melhor compreensão de que a arte rupestre brasileira deve ser utilizada no campo da arte-educação por seu caráter não somente de produção cultural nacional, mas também por seu valor ético em relação às populações indígenas e seus fazeres estéticos. Aqui busco uma análise pela via da antropologia estética para concluir sobre a importância critica e pedagógica desta forma de arte ancestral nacional.
Disponível em: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/rcvisual/issue/view/607/showToc
RODRIGUES, W. . A arte rupestre no estado de Roraima: subsídios teóricos para uma arte-educação eticamente crítica. Cultura Visual (Impresso), v. 16, Dez. 2011.
Walace Rodrigues
Resumo:
Este artigo tenta valorizar criticamente a arte africana contemporânea utilizando como caso de estudo a instalação La bouche du roi do artista Romuald Hazoumé. Tal obra se refere a desenhos de um navio negreiro inglês durante o período de legalidade do tráfico de escravos. A instalação também abre caminho para uma reflexão póscolonialista mais ampla sobre a criação de arte no mundo dito “em desenvolvimento” e sobre todos os estigmas que a arte africana ainda carrega por causa de um pesado fardo de eurocentrismo, imposto a ela durante o período colonial e que ainda persiste. Este artigo busca desmistificar preconceitos sobre a produção estética africana acreditando que mais espaço de exibição e visibilidade devem ser os caminhos para aumentar os conhecimentos sobre a arte africana atual e, por conseguinte, alcançar o reconhecimento merecido às criações culturais dos povos da África.
RODRIGUES, W. . Reflexões sobre Arte Contemporânea pela via póscolonialista: o caso da instalação La Bouche du Roi. Palíndromo, v. 5, p. 75-99, Jan. 2012.
Na íntegra em: http://ppgav.ceart.udesc.br/revista/edicoes/5_processos_artisticos_contemporaneos.html