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*** As belezas discretas do cerrado.***
Ontem, vindo de Araguaína, meu carro deu pane entre Wanderlândia e Darcinópolis. Abri o capu para ver o que era, pois achei que o carro havia esquentado demais. Dois senhores vindos de Wanderlândia pararam para me ajudar e descobriram que a bateria estava descarregada. Eles iriam me dar uma carona até Darcinópolis para que eu pudesse falar com um mecânico ou comprar outra bateria.
Entramos no carro e fomos em direção à Darcinópolis, porém um dos senhores levava suprimentos para seus trabalhadores que estavam perfurando um poço em uma fazenda de soja. E, ai, fomos até a tal fazenda. A fazenda era imensa! Mas o que mais me chamou a atenção foi a fauna! Veados-campeiros, um grupo de emas, vários camaleões, pássaros, etc., enfim, um verdadeiro cerrado que eu nunca havia visto.
Perguntei se havia onça por ali, já que havia muitos veados, porém o senhor me disse que já não existiam mais naquela região. Me lembro de ter ouvido falar da existência de onças na aldeia Pedra Branca, dos Krahô, em Itacajá. Havia lá, segundo eles, onças pintadas e negras.
Portanto, por mais que achemos que o cerrado está acabado, a força da natureza se mostra imensa, como sempre. E com os mínimos recursos ela é capaz de se refazer belamente, desde que seja respeitada. Posso dizer que, depois de ontem, eu verdadeiramente vi o cerrado!
Os únicos grandes problemas, em minha opinião, são os animais mortos ao cruzarem as estradas e as queimadas. Na Holanda vi um viaduto feito, com a vegetação local, dentro de uma reserva natural, para que os animais passassem. Quem sabe não seria uma ideia para nós. Talvez usar grandes manilhas sob as estradas para que os animais pudessem passar por elas! Quanto às queimadas, falta mesmo educação para não jogar guimba de cigarro aceso pela janela do carro ou deixar as queimadas agrícolas ficarem fora de controle.
Tocantinópolis, 04 de abril de 2013.
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